sexta-feira, 6 de julho de 2012
O desejo, a carne, a alma e a paz.
E você?
Quero destruir cada pedacinho. Carne, pele e alma. Cada sorriso. Todas as lágrimas. Palavras.
Quero arrancar meu braço e rasgar seu pescoço.
Quero ver seus músculos se contraindo, seu olhar se afastando, sua mão, apertada e depois frouxa, seu corpo desfalecendo, seu sangue escorrendo, sua vida inexistindo... aos poucos.
Uma nota melancólica em cada movimento.
Admirar sua dor e, no final, virar as costas. Livre.
Então, num ato de bondade, inexisto também.
Desejo...
Quero que sinta muito mais do que eu senti. Transborde. Afogue.
Não por justiça, mas por satisfação.
Quero todo o mal que possa existir. Eu, destruída em cima do seu cadáver.
Quero seu fim. Seu extermínio. Seu desejo.
Desejo?...
Quero morrer com um sorriso nervoso, depois de saciar tudo. Tudo.
E, nos meus últimos suspiros, saber que nunca mais existirá. Pra mim nem ninguém. Com ninguém.
Assim o fim do ciclo acontece. Um brinde à nossa morte.
É disso que eu cuidarei.
Da alma e do desejo.
Desejo...
... A paz mundial, talvez.
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